quinta-feira, 10 de maio de 2018


              Uso do hífen com compostos

1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação.
Exemplos: arco-íris, guarda-chuva, mesa-redonda, porta-bandeira segunda-feira, vaga-lume.

OBSERVAÇÃO

Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como aguardente, girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas.
2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação.
Exemplos: blá-blá-blá, cri-cri, corre-corre, esconde-esconde, pega-pega, pingue-pongue, tique-taque, zigue-zague.
3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação.
Exemplos: camisa de força, cara de pau, dia a dia, fim de semana, olho de sogra, pé de moleque, ponto e vírgula.
Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia.

OBSERVAÇÃO

Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional.
Exemplos: bicho de sete cabeças, cor de burro quando foge, deus nos acuda, diz que diz que, faz de conta, leva e traz, maria vai com as outras.
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo.
Exemplos: gota-d’água, pé-d’água.
5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação.
Exemplos: belo-horizontino, porto-alegrense, mato-grossense-do-sul.
6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas, tenham ou não elementos de ligação.
Exemplos: andorinha-da-serra, bem-te-vi, cravo-da-índia, erva-doce, pimenta-do-reino.

OBSERVAÇÃO

Não se usa o hífen quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original.
Exemplos:
bico-de-papagaio
(espécie de planta ornamental)
bico de papagaio
(deformação nos discos da coluna vertebral)
olho-de-boi
(espécie de peixe)
olho de boi
(selo postal brasileiro)

Uso do hífen com prefixos

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, sub, super, ultra etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).

Casos gerais

1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
  • anti-higiênico
  • anti-histórico
  • macro-história
  • mini-hotel
  • proto-história
  • sobre-humano
  • super-homem
  • ultra-humano
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.
Exemplos:
  • anti-inflacionário
  • inter-regional
  • micro-ondas
  • sub-bibliotecário
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra.
Exemplos:
  • aeroespacial
  • agroindustrial
  • antiaéreo
  • autoescola
  • intermunicipal
  • semicírculo
  • supersônico
4. Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos:
  • antirracismo
  • minissaia
  • semirreta
  • ultrassom

Casos particulares

1. Com os prefixos sob e sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r.
Exemplos:
  • sob-roda
  • sob-rojar
  • sub-ramo
  • sub-região
2. Com os prefixos circum pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por me vogal.
Exemplos:
  • circum-murado
  • circum-navegação
  • circum-ambiência
  • pan-mítico
  • pan-nacionalismo
  • pan-americano
3. Usa-se o hífen com os prefixos alémaquémexpóspréprórecémsem e vice.
Exemplos:
  • além-túmulo
  • aquém-mar
  • ex-aluno
  • pós-graduação
  • pré-vestibular
  • pró-europeu
  • recém-nascido
  • sem-terra
  • vice-rei
4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por ou (nesse último caso, corta-se o h). Se a palavra seguinte começar com ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos:
  • coobrigação
  • coedição
  • coeducar
  • cofundador
  • coabitação
  • coerdeiro
  • corréu
  • corresponsável
  • cosseno
5. Na formação de palavras com ab, ad ob, usa-se o hífen diante de palavras iniciadas com r.
Exemplos:
  • ab-rogante
  • ab-rogar
  • ad-renal
  • ob-repção
  • ob-reptíçio
6. Com os prefixos pre re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e.
Exemplos:
  • predeterminar
  • preexistente
  • realimentar
  • reescrever

Outros casos do uso do hífen

1. Com mal, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, ou l.
Exemplos:
  • mal-arrumado
  • mal-entendido
  • mal-habituado
  • mal-humorado
  • mal-lavado
  • mal-limpo

OBSERVAÇÃO

Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação.
Exemplo: mal-francês.
Se, porém, houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen.
Exemplos: mal de Alzheimer, mal de Chagas, mal de Parkinson
2. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim.
Exemplos:
  • capim-açu
  • amoré-guaçu
  • anajá-mirim
3. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos:
  • eixo Rio-São Paulo
  • ponte Rio-Niterói
4. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exemplos:
  • Na cidade, conta-
    -se que ele foi viajar.
  • O diretor foi receber os ex-
    -alunos.
5. Não se usa o hífen na formação de palavras com não quase.
Exemplos:
  • não agressão
  • quase delito

 FONTE : http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/nocoes-gramaticais/hifen/
Acesso em 10/05/18

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

SUJEITO

        O sujeito de uma oração é o termo sobre  o qual se declara alguma informação.
  
                  Resultado de imagem para charges
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TIPOS DE SUJEITO

1.SIMPLES: é o sujeito que apresenta um só núcleo.

Ex: O dia está quente. 
         núcleo

Meus pais foram viajar.
             núcleo

Atenção : não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Dizemos que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere apenas a um elemento, seja ele singular ou plural.

2.COMPOSTO: é o sujeito  que apresenta mais de um núcleo.

Ex: Eu e meu irmão daremos  uma festa.
      núcleo              núcleo          

Atletas e paratletas participarão das Olimpíadas
   núcleo               núcleo



3.OCULTO / IMPLÍCITO / DESINENCIAL:  quando o sujeito pode ser identificado mas não está explicitamente  representado na oração.

Ex. Estivemos na chácara
(sujeito nós, identificável pela terminação verbal )

Estive na chácara.
(sujeito eu, identificável pela terminação verbal)

4.INDETERMINADO : quando não há nenhuma referência a quem praticou a ação indicada pelo verbo. O sujeito existe, mas não pode ser identificado. Esse tipo de sujeito pode ocorrer em dois casos :

a) O verbo se apresenta na terceira pessoa do plural, sem antecedente que o relacione a algum elemento.

Ex: Roubaram meu carro !

      Assaltaram a loja.

b) Com o verbo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se, que funciona como índice de indetermina-ção do sujeito.

Ex: Precisa-se de um ajudante.

    Come-se bem neste restaurante. 

5.ORAÇÃO SEM SUJEITO : ocorre quando não podemos relacionar o predicado a nenhum sujeito. Neste caso, o verbo é considerado impessoal e o sujeito é considerado inexistente.
Isso acontece quando :
a) Quando o verbo haver é empregado com o sentido de existir ou com referência à passagem do tempo.
Ex: Havia vários livros sobre a mesa.
    Há dois dias que não o vejo.

b) Em orações com verbos ou expressões que indicam fenômenos meteorológicos ou passagem do tempo.

Ex: Trovejou muito ontem.
       Aqui faz um calor intenso.
    São duas horas da tarde.
    Amanhece cedo no verão.