terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Romantismo : Vídeos, Livros, Músicas e etc.

                                                       A liberdade conduzindo o povo ( 1830 ), de Delacroix.


Para você ampliar seus conhecimentos sobre o Romantismo e suas relações com  os contextos europeu e brasileiro, eis algumas sugestões :


VÍDEOS





  • Razão e Sensibilidade, de Ang Lee.
  • O Homem Elefante, de David Lynch.
  • Madame Sans-Gêne, de Christian Jacque.
  • A queda da Bastilha, de Jim Goddard;
  • Danton - O processo da revolução, de Andrzej Wajda.
  • Os miseráveis, de Glenn Jordan.
  • Emma, de Douglas McGrath.
  • Carta de um desconhecida, de Maz Ophuls.
  • Sinfonia de primavera, de Peter Shamony.
  • Independência ou Morte, de Carlos Coimbra;
  • Carlota Joaquina, princesa do Brasil, de Carla Camurati.
  • Cold Mountain, de Anthony Minghella.
  • Frankestein, o terror das trevas, de Roger Corman.
LIVROS



  • Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe ( Martins Fontes ).
  • Eurico, o Presbítero, de Alexandre Herculano ( Ática ) .
  • Viagens na minha terra, de Almeida Garrett ( Nova Alexandria ).
  • Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco ( Ática )
  • A queda de um anjo, de Camilo Castelo Branco ( Ática )
  • Uma família inglesa, de Júlio Diniz ( Ediouro )
  • Espumas flutuantes e outros poemas, de castro Alves ( Ática ) 
  • Antologia de poesia brasileira - Romantismo ( Ática )
MÚSICA



O movimento romântico na música erudita estende-se por todo o século XIX. Ouça a música dos compositores:
  • Beethoven
  • Shubert
  • Schumann
  • Mendelssohn
  • Chopin
  • Berlioz
  • Liszt
  • Wagner
  •  Verdi
  •  Brahms
  • Tchaikovsky
  • Dvorák
  • Strauss
  • Frejat - Flores do mal
  • Rita Ribeiro - Românticos
                                                            Frejat - Flores do Mal

ARTES PLÁSTICAS



Conheça a pintura de 
  • Goya, 
  • Géricault,
  •  Delacroix, 
  • Turner  
  • Constable 
Conheça a escultura de 
  • Auguste Rodin

CD - ROM



  • Castro Alves ( Temas Eventos Culturais )

VISITA



Visite o Museu do Ipiranga, em São Paulo, cujo acervo contém móveis e objetos do período imperial e telas dos pintores Pedro Américo ( Independência ou morte ), Benedito Calixto e Almeida Júnior.   


Fonte de pesquisa : CEREJA, William Roberto. Português : linguagens: volume 2 : ensino médio / William Roberto Cereja , Thereza Cochar Magalhães. - 5ª. ed. - São Paulo : Atual, 2005. 

domingo, 15 de janeiro de 2012

Guia Prático da Nova Ortografia

           

           


                    Pois, bem.
              Ontem postei um artigo interessante que explica o porquê da Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.
               Não consegui encontrar o autor de tal texto, mas espero que você tenha lido  pois ele esclarece muitas dúvidas que a maioria dos brasileiros tem e essa mesma maioria não aceita essa mudança e , o pior, essa mesma maioria faz a reforma ortográfica por conta própria, tirando acento de onde não deve, colocando onde não precisa mais e - o mais frequente - inventando uma ortografia diferente, desrespeitando a origem e a história da palavra. Aliás, ortografia será um dos nossos próximos assuntos.
               No post de hoje anexo links para você fazer o download do Guia  Prático da Nova Ortografia, da Editora Melhoramentos. Elaborado pelo renomado professor Douglas Tufano, é um guia prático, sem enrolação,que vai direto ao ponto. Na hora da dúvida, é só consultar. Até mais.


http://www.4shared.com/document/xJLtRngA/Guia_Reforma_Ortografica_Melho.html

http://www.slideshare.net/cissa008/guia-reforma-ortografica-melhoramentos

sábado, 14 de janeiro de 2012

Acordo Ortográfico por quê ?




Perguntas frequentes sobre o Acordo Ortográfico:
1. Porquê fazer um Acordo Ortográfico?
Porque o Português é língua oficial em oito Estados soberanos mas tem
duas ortografias, ambas correctas, a de Portugal e a do Brasil. Existem
desvantagens na manutenção desta situação e a língua será
internacionalmente tanto mais importante quanto maior for o seu peso
unificado.
A existência de dupla grafia limita a dinâmica do idioma e as diferenças
criam obstáculos, maiores ou menores, em todos os incontáveis planos em que
a forma escrita é utilizada: seja a difusão cultural (literatura, cinema, teatro); a
divulgação da informação (jornais, revistas, mesmo a TV ou a Internet); as
relações comerciais (propostas negociais, textos de contratos) etc., onde o
Português escrito é utilizado. Isto, se considerarmos apenas as relações
intracomunitárias (nos oito países da CPLP).
Nas relações internacionais, recorde-se que existem quatro grandes línguas
(Inglês, Francês, Português e Espanhol) e que o Português é a única com duas
grafias oficiais.
Assim, no plano intracomunitário, a dupla grafia dificulta a partilha de
conteúdos, no plano internacional, limita a capacidade de afirmação do idioma,
provocando, por exemplo, traduções quer literárias quer técnicas diferentes
para Portugal e Brasil.

2. Mas como se explica que exista mais do que uma ortografia?
No rescaldo da Implantação da República em Portugal, deu-se a 1ª
Reforma Oficial da Ortografia Portuguesa que, em 1911, estabeleceu uma
ortografia simplificada, consagrada nos textos oficiais de ensino.
Esta profunda reforma não foi concertada na altura com a República
Brasileira, e desde essa data a língua tem comportado duas grafias.
Sucede que a língua, como realidade dinâmica que é, está sujeita a
evolução. A ortografia do Português não é excepção e as duas ortografias
então existentes trilharam caminhos diferentes, não obstante várias iniciativas
dos dois países, singulares e concertadas, no sentido da unificação.
3. Quais são os Estados signatários (partes) do Acordo Ortográfico?
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São
Tomé e Príncipe. O Acordo encontra-se aberto à adesão de Timor-Leste que
em 1990 ainda não tinha reconquistado a independência.
4. Qual a estimativa de pessoas no mundo que falam a língua
portuguesa?
Calculam-se em mais de 200 milhões as pessoas que falam Português em
todo o mundo.
5. O Acordo foi assinado em 1990, mas só entraria em vigor com a
ratificação de todos os países? O que mudou com os Protocolos
Modificativos ao Acordo?
O Acordo Ortográfico na sua versão original, de 1990, previa entrada em
vigor apenas quando se verificasse a ratificação (recepção do Acordo no
ordenamento jurídico interno do Estado) por todos os signatários.
Os Protocolos Modificativos alteraram apenas a modalidade de entrada em
vigor do Acordo. O conteúdo, i.e., as alterações ortográficas do Acordo Original
mantém-se.
6. Por que foi necessário um segundo Protocolo? O primeiro não tem
valor?
Foi necessário um Segundo Protocolo Modificativo pois a alterações
produzidas pelo primeiro (alargando o prazo para entrada em vigor)
demonstraram-se ineficazes. A assinatura do 2º Protocolo estabelece que, o
Acordo Ortográfico entrava em vigor com a ratificação por três dos Estados
signatários (naturalmente, para os Estados que procedessem à ratificação).
O Primeiro Protocolo Modificativo, não apresenta hoje qualquer conteúdo
prático.
Saiba mais sobre o tema em http://www.cplp.org/comunicados.asp
7. O Acordo Ortográfico já está em vigor? Em que países?
Sim, na ordem jurídica internacional e no Brasil, em Cabo Verde e São
Tomé e Príncipe, por força da ratificação pelos três Estados do Acordo
Ortográfico e do Segundo Protocolo Modificativo.
O terceiro signatário a ratificar, S. Tomé e Príncipe, depositou os
documentos correspondentes em Dezembro de 2006 e, por esse efeito fez com
que o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrasse em vigor no dia 1 de
Janeiro de 2007. Saiba mais em http://www.cplp.org/comunicados.asp.
8. Porquê da demora na ratificação por parte dos demais países
signatários?
As razões que cada um dos signatários do Acordo Ortográfico tem para
proceder ou não à sua ratificação são matéria do foro interno de cada Estado.
A CPLP remete assim para os Estados a divulgação de informações quanto
a esta questão.
9. Foi definida data para os Estados signatários ratificarem o Acordo?
O Acordo, na sua redacção original (1990), previa a entrada em vigor a 1 de
Janeiro de 1994, após o depósito dos instrumentos de ratificação de todos os
Estados signatários. Esta disposição tornou-se letra morta quando a data foi
ultrapassada sem terem sido efectuadas as ratificações.
Esta redacção foi alterada pelos Protocolo Modificativos e em bom rigor,
visto que não se extrai dos textos qualquer outra data, não existe um prazo
para ratificação do Acordo.
10. O que acontece à ortografia do Português nos países que não
ratificarem?
Nada. Caso não seja ratificado, o Acordo Ortográfico não se torna parte dos
ordenamentos jurídicos nacionais dos signatários e assim as alterações que
estabelece não se verificarão na ortografia desses países.
11. Mas podem uns países avançar com a implementação do Acordo
Ortográfico sem os demais?
Sim, dado que está prevista a entrada em vigor desde que ratificado por
três Estados, o que já aconteceu. Todavia, é de lembrar que o objectivo é
unificação, e que o ideal seria que todos os países avançassem em uníssono.
Com efeito, a medida do sucesso do Acordo Ortográfico depende da sua
ratificação e implementação por todos os Estados signatários. Só com todos
poderá atingir o pleno dos seus objectivos originais.
12. Existe uma estimativa quanto ao número de palavras alteradas?
Segundo os dados disponibilizados pela Academia de Ciências de Lisboa, à
data da celebração do Acordo, o número de palavras cuja ortografia seria
alterada não ultrapassaria os 2 por cento! Pouco mais de 2.000 palavras num
Universo de 110.000.
Não estão contabilizadas: as alterações à utilização do hífen e as
resultantes da supressão do trema, diminutas em número e de fácil apreensão.
13. Quais foram os critérios utilizados para desenvolver as novas
normas ortográficas?
Segundo o próprio Acordo, o esforço de unificação da grafia foi presidido
por um critério fonético, isto é, a ortografia das palavras é alterada no sentido
de as aproximar à forma falada. (ex.: abolição das consoantes mudas).
14. Mas se o critério fonético está subjacente às alterações, o
Português falado é alterado?
Não. A forma falada do Português não sofrerá qualquer alteração no curto
prazo (embora não seja de excluir que, no futuro, o “p” que os portugueses
utilizam em baptismo e pronunciam muito levemente, venha a desaparecer).
Repare-se que no cenário actual de duas grafias, portuguesa e brasileira,
mesmo dentro dos limites territoriais de cada um destes dois Estados, existem
diferentes formas de falar o português, não obstante cada um dos países ter
apenas uma ortografia.
No mesmo sentido, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, que
usam a ortografia portuguesa, falam o português de forma diversa, quer entre
si, quer da falada em Portugal ou no Brasil.
Os cambiantes da língua falada não serão afectados pelo Acordo.
Altera-se a ortografia no sentido de a unificar, utilizando a fonética apenas
como um dos instrumentos dessa unificação ortográfica.
15. Quais os prazos e custos para a implementação das alterações?
O Acordo ocupa-se apenas das regras ortográficas e define um patamar de
compromisso em termos ortográficos. Cabe a cada um dos Estados envidar
esforços no sentido de chegar a esse patamar. O processo de implementação
não se encontra definido no Acordo.
Entende-se assim que caberá a cada Estado estudar as suas necessidades
específicas e definir o plano de acção nacional, no sentido de concretizar o
Acordo. Assim, remete-se para as autoridades nacionais qualquer informação
sobre prazos e custos.
16. Quando se começarão a sentir os efeitos práticos? Será imediato
ou faseado?
Sendo que cada país definirá o seu plano de acção, os efeitos do Acordo
começarão a sentir-se à medida que as autoridades nacionais avançarem com
a sua implementação.
Assim, será o plano de acção nacional de implementação de cada Estado
que definirá as áreas (ensino, administração pública, comunicação social, etc.)
onde as alterações se farão sentir em primeiro lugar.
Dada a complexidade relativa em termos técnicos (Ex. manuais escolares)
e financeiros, cada Estado adoptará, provavelmente, planos de acção
faseados.
Recorda-se que não será a entrada em vigor, per se, do Acordo que levará
os cidadãos a respeitarem as novas regras ortográficas. Existe uma nova
ortografia, mas a sua implementação não é instantânea. Serão possivelmente
definidos, pelos próprios Estados, períodos de transição para as áreas onde tal
faça sentido, ex.: manuais escolares, gramáticas e dicionários, formulários de
serviços públicos, contratos, etc.
17. É isto que se entende por “moratória” de aplicação do Acordo?
Tem sido por vezes referido na imprensa que o Acordo prevê uma
“moratória” para a sua aplicação. Tal informação é incorrecta.
Não obstante, e como já foi abordado acima, a introdução das alterações
ortográficas dificilmente será instantânea.
Naturalmente existirá um período de convivência entre as duas grafias, que
será diferente consoante o contexto. Isto é, qualquer livraria terá, durante os
anos vindouros, livros nas suas prateleiras escritos nas duas grafias, mas
dificilmente se encontrará, uma vez implementado o Acordo, um jornal diário
que não reflicta as alterações.
Por este exemplo se vê que as diferentes manifestações da língua escrita
terão, pelos seus ciclos naturais, diferentes prazos para absorver as alterações

PARA MIM OU PARA EU ?


      

       Dúvida freqüente entre os estudantes do final do Ensino Fundamental e início do Ensino Médio, o uso das formas MIM ou  EU confunde a cuca mesmo. Mas não é nada complicado entender quando se usa um e quando usa o outro. Antes das explicações, não posso deixar de (re)lembrar  aos leitores que atualmente no Brasil duas variedades  da língua devem ser levadas em conta : a variedade padrão e a variedade popular.
                A variedade padrão obedece aos preceitos que constam na Gramática Normativa da Língua Portuguesa. Também chamado de Português Correto, essa maneira de escrever / falar é muito cobrado nas provas, concursos, usado em textos literários e oficiais, mas nem sempre traduzem como realmente o brasileiro usa a sua língua para se comunicar.
                A variedade popular é aquela que registra a língua como ela é usada no dia-a-dia,  principalmente na fala cotidiana, nas diversas camadas da sociedade, de maneira que garanta a comunicação entre os interlocutores de uma conversa .
                O importante é o aluno / leitor perceber-se como pertencente a uma comunidade falante de duas línguas, na prática. Àqueles que já incorporaram a variedade padrão da língua, parabéns ! Que tenham consciência de que muitos ainda estão em fase de aprendizagem e transição no uso de uma variedade para outra e que não podem sofrer preconceito lingüístico caso “escorreguem” no uso da língua. Afinal, o que importa é que a mensagem foi enviada e compreendida. Então vamos lá.

PRINCIPAIS EMPREGOS DOS PRONOMES PESSOAIS

      Algumas das formas dos pronomes pessoais  têm usos distintos na variedade padrão e na variedade popular. Vamos conhecer as principais  diferenças entre esses usos das formas EU e MIM.

     Consulte uma gramática e procure o quadro geral dos pronomes . Você vai notar que :
·         
          EU só aparece na coluna do CASO RETO ( ou seja, só exercem a função de sujeito ).
·               
                  MIM só aparece na coluna do CASO OBLÍQUO ( ou seja, funcionam como complemento
      verbal, acompanhado de preposição e não pode exercer função de sujeito).
               
              Esses empregos, no entanto, só têm ocorrência regular na variedade padrão da língua; na variedade popular às vezes há diferenças. Observe isso nos exemplos 1 a 4.


                       1.    O advogado trouxe o documento para mim.   (  padrão / popular)
                           sujeito do verbo trazer                         complemento do verbo trazer



                        2.      O advogado trouxe o documento para eu assinar.   ( padrão )
                               sujeito do verbo trazer                             sujeito do verbo assinar




   
1.                                             2 O advogado trouxe o documento para mim assinar.   ( popular )

                                    sujeito do verbo trazer                             sujeito do verbo assinar 




                     Observe que, frase b, a forma mim desempenha o papel de sujeito de assinar. Esse emprego não é válido na variedade padrão.


1.                                                 3.  Para mim, assinar o documento foi difícil.  (  padrão / popular )
                
                Nesse caso, o pronome mim não é sujeito de assinar. Na verdade, a frase está invertida, sua ordem natural seria : Assinar o documento não foi difícil para mim.

                                           DE ONDE VEM TODA ESSA CONFUSÃO ?

                Segundo o linguísta Sírio Possenti (1997) ,  existem muitas construções em que o mim  aparece depois de preposição ( PARA, EM, DE, ETC. ). Exemplos : Creia em mim, Pegue isso para mim. Isso induz os falantes a  uma generalização, e eles acabam usando mim depois da preposição para, mesmo quando há um verbo, que exigiria a forma eu. Assim, por exemplo : Ele pediu para mim ficar lá.


Fonte de pesquisa : Emília Amaral [ et al. ]. NOVAS PALAVRAS, nova edição. São Paulo: FTD, 2010. vol 2. p. 253,254.